Dinheiro é frequentemente considerado um tema controverso nas finanças de um casal. Visto que pode levar a conversas e responsabilidades desconfortáveis ou desafiadoras. No entanto, como recurso se trata de uma ferramenta indispensável e, portanto, poder falar sobre ele deveria ser rotina.



Os relacionamentos são um daqueles assuntos onde às vezes surge um assunto delicado: quem ganha mais contribui igualmente? Ambos contribuem com a mesma quantia? Como as tarefas domésticas são monetizadas?
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Segundo a Forbes, em apenas 25% dos casais heterossexuais, a mulher ganha mais do que o homem. Isso geralmente se explica pelo fato de a mulher dedicar mais tempo às tarefas domésticas e aos cuidados com os filhos, que não são compensados financeiramente.



O arranjo financeiro de cada família é único e, desde que seja consensual, é 100% válido. Mas e aqueles em que não é consensual? Hoje, nós da She Lillas apresentamos três estratégias de organização financeira para você avaliar e decidir com qual se sente mais confortável:
Métodos de organização financeira para casais

Finanças compartilhadas ou mistas
Ambos os parceiros destinam toda a sua renda a um fundo familiar que é usado para despesas compartilhadas e individuais e gera economias conjuntas.
Isso significa que o consumo pessoal e o familiar se tornam indistintos.
Este método não considera quem ganha mais ou menos, mas sim concede a ambos os cônjuges direitos iguais sobre todo o dinheiro. No entanto, a principal desvantagem é que dificulta a manutenção da independência financeira. E, em caso de separação, pode complicar o processo de separação de bens.

Finanças igualitárias
Cada membro contribui com a mesma quantia em dinheiro. Supondo que as despesas familiares sejam de R$ 5000 por mês, cada um contribui com R$ 2500, independentemente da renda.
Benefício: Coloca ambas as partes em pé de igualdade nas decisões financeiras familiares. Como cada um contribui na mesma proporção, naturalmente não há discrepâncias.
Desvantagem: Para aqueles que ganham menos, isso representa um peso maior na renda pessoal, deixando menos dinheiro para poupança e objetivos pessoais.

Finanças proporcionais à renda
As contribuições são baseadas na renda, conforme necessário para cobrir as necessidades da família. Por exemplo, digamos que um ganha R$ 1.000 e o outro, R$ 500. Se as despesas totais da família forem de R$ 600, o primeiro contribuirá com R$ 400 e o segundo com R$ 200. Dessa forma, cada um contribui com 40% de sua renda.
Benefício: Permite que ambos os parceiros dediquem o mesmo esforço ao casal, o que é uma recompensa para quem ganha menos, se isso significar dedicar mais tempo à família.
Desvantagem: O membro que contribui menos pode se sentir inferior na hora de tomar decisões financeiras saudáveis.
É fundamental que os casais entendam que isso não é verdade: cada um trabalha de acordo com as necessidades da família, e seu salário reflete isso. Por isso, a dedicação à família é igualitária, e ambos os parceiros devem ter igual poder de decisão.
O terceiro método é o que mais gostamos, pois nos permite:
- Esforço conjunto e equilibrado.
- Ordem nas contas: o orçamento familiar é mantido separadamente.
- Independência financeira: o consumo, as despesas e as poupanças familiares e individuais são geridos separadamente.
Em qualquer caso, desde que as responsabilidades sejam claramente definidas e ambas as partes concordem com seus respectivos papéis, qualquer sistema será bom para a família.